O setor de serviços brasileiro alcançou, em junho de 2024, um crescimento significativo de 1,7% em relação ao mês anterior, superando as expectativas dos economistas, que previam uma alta de apenas 0,8%. Esse desempenho marca o maior avanço do setor em um ano e meio, retomando o crescimento após uma leve retração de 0,4% em maio. O resultado coloca o volume de serviços prestados 0,5% acima do pico registrado anteriormente, em dezembro de 2022.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento de 1,7% com ajuste sazonal foi o maior desde dezembro de 2022, quando o setor avançou 2,7%. A recuperação surpreendeu os analistas e reflete um cenário de disseminação do crescimento entre as diferentes atividades do setor de serviços, com destaque especial para os segmentos de
Setores em Destaque
Entre as atividades que impulsionaram o crescimento, o setor de transportes foi um dos principais responsáveis, com uma expansão de 1,8% em relação a maio. O transporte aéreo, especificamente, registrou um salto de 11,4%, favorecido pela redução nos preços das passagens, o que contribuiu diretamente para o resultado expressivo.
O setor de informação e comunicação também teve um desempenho destacado, com um crescimento de 2%. Esse setor continua a se beneficiar do aumento na demanda por serviços de tecnologia, telecomunicações e plataformas de streaming, que se consolidaram como essenciais no cenário pós-pandemia.
Por outro lado, os serviços prestados às famílias, que incluem alimentação, hospedagem e atividades de lazer, apresentaram um aumento mais modesto, de 0,3%. Embora o crescimento tenha sido tímido, reflete a recuperação contínua desse segmento, que foi um dos mais impactados pela pandemia.
Desempenho Regional e Perspectivas
No panorama regional, o destaque negativo ficou por conta do Rio Grande do Sul, que sofreu uma queda acentuada de 14,5% no volume de serviços em junho. O resultado foi fortemente influenciado pela retomada da cobrança de pedágios nas rodovias estaduais, que havia sido suspensa temporariamente devido às enchentes que assolaram o estado em maio.
A retomada do crescimento no setor de serviços, no entanto, acende uma luz de otimismo para a economia brasileira. O Banco Central, que tem monitorado de perto o comportamento da inflação de serviços, apontou recentemente que o setor permanece resiliente, embora a inflação ainda apresente riscos. O crescimento acima do esperado, combinado com a retração nos preços de passagens aéreas e a estabilidade de outros serviços, pode sinalizar uma desaceleração gradual da inflação no segmento.
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